terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Quando a cidade dorme...



... o frenesi diminui, as pessoas voltam a seus lares para o descanso.
O coletivo pulsante se retrai, para que logo cedo ele possa voltar a pulsar freneticamente.
Mas não é apenas isso que eu vejo quando a cidade dorme...

Também vejo abandono, desespero...
Vejo pessoas que nunca tiveram oportunidade de saber que a vida também tem o lado doce, e que vale a pena se permitir.

Eu vejo fome, vejo infâncias roubadas...
Não apenas nas periferias, também nos becos e nas ruas das grandes metrópoles. E até mesmo nas mansões, com toda sua pomposidade e sistemas de segurança avançadíssimos.

Vejo gente que espera a cidade apagar suas luzes para poder semear a escuridão, mesmo sem fazer ideia de quão auto-destrutiva a escuridão é.

Vejo violência, miséria... escassez material, escassez emocional...

Mas também vejo a escuridão se dissipar, abrindo alas para um novo dia.
Porque sempre amanhecerá dentro de nós.

Somos a mudança que tanto desejamos.

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